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Escondo mentiras talhadas em madeiras de lei nos porões das
segundas-feiras...
Farsas do eu
Agulhas envenenadas
Cordas de manejar suicídios
Loucuras criptografadas
Ensaios de partir
Bilhetes de viagens...
Tiro o mofo das nostalgias e tento viver no momento eterno
O presente é um engodo
O passado é um inferno apagado
E o futuro é um beija-flor apressado gritando:
Mataram a primavera! Mataram a primavera!
Dedico meu tempo a estudar minhas unhas
A roer livros – desengasgar versos entalados na garganta
Tento decifrar o dó do meu choro
Que nunca caiu em si...
Escondo sambas em um tamborim mágico de um preto velho
Busco a magia de um sorriso ensolarado
A leveza das coisas sutis
O encanto de uma verdade que me faça encarar a vida
E olhar nos olhos da morte sem medo algum
Mas para isso eu tenho que abrir o velho porão
E incendiar toda essa madeira
Sair do conforto dessa cadeira
E voar...
Que diabos de passarinho sou eu?
-
Radyr Gonçalves
Copyright 2017
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